Mecanismos de sustentabilidade no setor imobiliário

SCROLL

A atividade do sector imobiliário tem impactos no ambiente e na sociedade. É uma atividade que consome recursos, tem associadas emissões de CO2 e produção de resíduos. Integrar a sustentabilidade neste sector significa planear, projetar, construir, reformar e administrar propriedades residenciais, turísticas e comerciais de forma a minimizar os efeitos desta atividade no ambiente e na sociedade.
No caso particular da gestão de ativos da Vilamoura Lusotur SIC, há ainda a acrescentar o facto de o Algarve ser uma área afetada pela escassez hídrica, onde o consumo e a gestão da água são um fator obrigatório a ter em consideração na gestão de ativos e por este motivo, são adotadas algumas das medidas especificadas para redução de consumos e racionalização da utilização dos recursos hídricos na região, constantes na Resolução do Conselho de Ministros n.º 80/2024 de 21/06, tais como a previsão da reutilização de água residual tratada, cuja a disponibilização se prevê que possa ocorrer em 2026 na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Vilamoura e a implementação em todos os projetos de novas construções da Cerificação AQUA+ Residencial e AQUA+ Hotéis, que determinam e estabelecem, numa escala de A+ (mais eficiente) a F (menos eficiente), o desempenho hídrico de edifícios residenciais e empreendimentos turísticos, respetivamente, após a realização de uma auditoria de eficiência hídrica.
O foco na sustentabilidade na gestão dos ativos é uma preocupação da NORFIN, impulsionado por vários fatores, incluindo o crescimento da consciência global da preservação ambiental, as exigências e regulamentações cada vez mais rigorosas na área do ESG (Environment Social and Governance) e a necessidade de poupar em custos operacionais. De salientar, que a NORFIN tem em curso a definição da sua estratégia ESG para o grupo, que estará concluída até final deste ano e onde serão definidas as metas e os objetivos que necessitam de ser alcançados e os dados a reportar na matéria de ESG, tendo que já definido a sua visão para esta matéria, que é: “Investir, desenvolver e gerenciar propriedades imobiliárias sustentáveis, gerindo os riscos, desafiando o status quo e fazendo um impacto positivo nas comunidades onde estamos a operar, garantindo a qualidade de vida e desenvolvimento dos nossos funcionários”. Os mecanismos de sustentabilidade da NORFIN aplicados na gestão de ativos em *Vilamoura são integrados a três (3) níveis:

  1. Planeamento

Ao nível do Planeamento temos a conceção e o desenvolvimento das áreas que ainda não estão construídas, mas que interligam espaços edificados e não edificados, áreas de transição que podem ser potenciadas e integrar medidas alinhadas com a sustentabilidade ambiental e social. A este nível procuramos integrar as várias medidas que cumpram critérios de sustentabilidade que sirvam de “fio condutor” para as várias fases que se seguem do desenvolvimento dos projetos e da gestão dos ativos.
Neste âmbito destacamos:

  1. I. Avaliação da utilização de sistemas internacionais de certificação ambiental, do tipo BREEAM COMMUNITIES, nos planos e projetos em curso com escala de Masterplan. Trata-se um sistema de certificação com maior reconhecimento internacional e com os parâmetros de avaliação mais exigentes, transcendendo largamente apenas a componente do ambiente, uma vez que integra a ponderação de outras questões como a mobilidade sustentável, desenho urbano inclusivo, eficiência hídrica e hidrologia, transição energética, eficiência energética, relação com os habitats existentes, bem estar, ruído e qualidade do espaço público. Com vista à valorização do portfolio sob gestão, demonstração de compromisso com a sustentabilidade perante as entidades e criação de valor acrescentado para o cliente final. A integração destes príncipios de planeamento e projeto à escala do Masterplan pretende demonstrar um compromisso com a sustentabilidade, também perante as entidades, para criação de valor acrescentado para o cliente final, e um compromisso com as boas-práticas e valorização de *Vilamoura, Loulé e do Algarve.
  2. II. Preservação e integração do Parque Ambiental de *Vilamoura com as áreas envolventes – é uma área natural, integra áreas de Reserva Ecológica Nacional (REN) e Reserva Agrícola Nacional (RAN) onde se pretende: Potenciar a qualificação ambiental de *Vilamoura; Recuperar a identidade local (Quinta de Quarteira) com a retoma da atividade agrícola, com o projeto para o desenvolvimento e exploração de uma vinha numa área de até 30ha, para qual já se possuem as licenças de plantação emitidas pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV). Permitirá a produção de vinho com marca unicamente associada a *Vilamoura. Estão excluídos os regimes de produção intensivos e prevista a utilização de sistemas de rega inteligentes para redução de perdas e assegurar a eficiência hídrica da exploração.

III. Recurso à utilização de Água Residual Tratada para Reutilização (ApR) que será disponibilizada pela ETAR de Vilamoura em 2026 – anunciada a disponibilização de água para reutilização (ApR) na ETAR de Vilamoura disponibilizada pelas Águas do Algarve, a Vilamoura Lusotur SIC, gerida pela NORFIN , manifestou o seu interesse na disponibiização desta água. Para satisfazer este propósito estão previstos no projeto de “Distribuição de água Residual Tratada em Vilamoura” dois pontos de entrega de água não potável que irão servir, um para a irrigação dos espaços verdes do Masterplan da área de desenvolvimento (IPP8) de *Vilamoura e outro para a irrigação da vinha a plantar no Parque Ambiental e para o Centro Equestre que existe na zona sudoeste de *Vilamoura. Este recurso a uma fonte alternativa de água para a gestão de ativos cumpre entre outros desígnios, algumas das recomendações da Resolução do Conselho de Ministros n.º 80/2024 de 21/06, importantes para sustentabilidade dos recursos hídricos da região do Algarve;

  1. I.V. Promoção da transição energética e descaborização – Comunidade Solar de Vilamoura – CSV (regime ACC Auto Consumo Coletivo) – considerando o potencial solar muito favorável da região do Algarve foi projetada a Comunidade Solar de Vilamoura (CSV). A Comunidade será constituída por um conjunto de consumidores, que através de uma ou várias instalações partilhadas, produzem parte ou a totalidade da energia elétrica que consomem, podendo até em certos casos a produção ser excedentária face ao seu consumo, maximizando dessa forma os benefícios económicos e ambientais gerados pela produção de energia. A Comunidade ambiciona também integrar um projeto piloto associado à produção descentralizada de hidrogénio a nível local, convertendo em hidrogénio a energia excedente produzida por sistemas fotovoltaicos, permitindo o seu armazenamento a longo prazo e o seu uso em períodos de produção deficitária de energia fotovoltaica.
  2. Projeto

No âmbito da gestão de ativos e relativamente ao acompanhamento e elaboração dos projetos imobiliários, no sentido de adotar e implementar as melhores práticas de sustentabilidade no sector, têm sido implementadas certificações de sustentabilidade, nomeadamente sistemas de certificação portugueses internacionais: Lider A (Liderar pelo Ambiente); BREAAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Methodology) e LEED (Leadership in Energy and Environmental Design).
Os sistemas de certificação de sustentabilidade para edifícios quantificam e classificam o seu desempenho em diferentes aspetos ambientais, sociais e econômicos. Contribuem para uma construção mais sustentável e permitem obter vários benefícios ambientais, económicos e sociais que resultam para as várias partes envolvidas no ciclo de vida do imóvel, nomeadamente para os proprietários, inquilinos, usuários ou gestores da propriedade.
Além destas certificações, todos os projetos possuem também a Certificação Energética (obrigatória) com classificações que variam entre o A+ e A e Certificação AQUA+ Residencial ou AQUA+ Hotéis, consoante o ativo em causa. Ao nível dos projetos de Paisagismo, a NORFIN tem também normas orientadoras para a elaboração destes projetos, onde constam entre outras orientações a escolha de espécies autóctones, com baixas necessidades hídricas, adaptados às condições hidrológicas do Algarve e incorporação de inertes nas propostas, para redução das áreas a irrigar. Os sistemas de certificação não são um fim em si mesmo, mas o facto de sistematizarem várias características do projeto que contribuem para cada uma das componentes dos critérios de sustentabilidade, acabam por ser uma ferramenta orientadora das várias opções que podem ser adotadas para que o ativo seja mais ou menos sustentável. São também uma garantia para o cliente que compra ou usufrui de um ativo com certificação de sustentabilidade, que na sua gestão foram tidos em consideração e verificados estes critérios de sustentabilidade.

  1. Construção

A construção concretiza as várias opções e soluções que foram planeadas e projetadas para o ativo sob gestão. Nesta fase e no caso dos ativos que têm as certificações mencionadas ao nível do projeto (Lider A; BREAAM e LEED), são implementadas e verificadas, as várias orientações e recomendações que cada um dos sistemas de certificação tem para a fase de construção. Medidas que vão desde a escolha de materiais sustentáveis para a execução dos trabalhos, da adoção de medidas de execução que tenham baixo impacto no ambiente e área envolvente, ao nível de consumos energéticos, emissão de CO2, ruído, poeiras, etc. Além destas medidas que decorrem dos processos de certificação, a NORFIN tem um curso (é um dos objetivos da estratégia ESG que está a ser definida) a criação de um departamento de “Procurement” (vulgo central de compras ou aprovisionamento) que permita conhecer toda a cadeia de fornecedores e ciclo de matérias utilizados na construção e nas restantes fases da gestão dos ativos. A criação deste departamento permite gerar mais eficiência e menos riscos ao processo de aquisição de bens e/ou serviços necessários para a continuidade do fluxo de trabalho de uma companhia. Permite um conhecimento mais aprofundado da cadeia de abastecimento e assim, optar pelas soluções que vão ao encontro dos critérios de sustentabilidade que tenham sido definidos no projeto.
Conclusão – A atividade do setor imobiliário tem impactos no ambiente e na sociedade. A adoção de processos de certificação alinhados com sustentabilidade ou com as melhores práticas de ESG podem não ser um fim em si mesmo, mas podem ser uma garantia que nas várias fases da gestão dos ativos, na aquisição, no planeamento, no projeto, construção e utilização do ativo, estão a ser adotadas práticas sustentáveis, que têm a preocupação de adotar as soluções com menos impactes ambientais, que minimizam as emissões de CO2, o consumo energético e de água, que minimizam a afetação da biodiversidade, que promovem a incorporação dos materiais e tecnologias de design ecológicos no processos de construção e que tem em consideração os impactes positivos na sociedade e nos trabalhadores das empresas que gerem os ativos imobiliários. Ou seja, os mecanismos de sustentabilidade que a NORFIN incorpora atualmente na gestão de ativos em *Vilamoura permitem assegurar que a Sustentabilidade é uma preocupação e um objetivo da empresa e incorporar práticas de sustentabilidade na gestão de ativos é o que irá permitir à empresa concretizar a sua visão definida para a sua estratégia de ESG, que espera alcançar num curto prazo “Investir, desenvolver e gerenciar propriedades imobiliárias sustentáveis, gerindo os riscos, desafiando o status quo e fazendo um impacto positivo nas comunidades onde estamos a operar, garantindo a qualidade de vida e desenvolvimento dos nossos funcionários”.  

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